"Plano estruturado de ensino-aprendizagem, incluindo objectivos ou resultados de aprendizagem a alcançar, matérias ou conteúdos a ensinar, processos ou experiências de aprendizagem a promover".
Mas o curriculo não é apenas planificação, mas também a prática em que se estabelece o diálogo entre os agentes sociais, os técnicos, as famílias, os professores e os alunos. O currículo é determinado pelo contexto, e nele adquire diferentes sentidos conforme os diversos protagonistas.
A Natureza Política do Currículo
No final dos anos quarenta, Tyler (1949), definiu as quatro questões básicas que qualquer currículo deveria responder:
a) Que finalidades educacionais deve procurar a escola atingir?
b) Como podem seleccionar-se as experiências de aprendizagem que podem ser úteis para alcançar estes objectivos?
c) Como podem organizar-se as experiências de aprendizagem para uma instrução eficaz?
d) Como se pode avaliar a eficácia das experiências de aprendizagem?
Estas questões partem do pressuposto que a primeira definição de um currículo é de natureza filosófica e política e não técnica. A primeira tarefa não é seleccionar ou organizar experiências de aprendizagem, mas definir a finalidade da educação. Antes da definição de um currículo as sociedades devem interrogar-se sobres as intenções e funções sociais das escolas e quais os saberes relevantes em cada cultura que se deseja que os seus cidadãos possuam. A principal função de um currículo é assim, a de materializar estas intenções, tornando-as explicitas, isto é, susceptíveis de serem debatidas e conhecidas pelo conjunto da sociedade, e para poderem servir de orientação aos diversos agentes que intervêm na planificação e concretização do processo de ensino e aprendizagem.
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